O percurso decorre na zona NE do Planalto do Escarpão, o único local no sotavento do Algarve, onde é possível observar a sequência completa dos sedimentos acumulados no Oceano Tethys no Jurássico Superior (161,2 a 145,5milhões de anos), que deu origem ao Oceano Atlântico Central. Ao longo do percurso, pode observar magníficos fósseis de seres marinhos, como amonites,belemnites e corais. Os últimos quilómetros, fazem-se bordejando o leito da Ribeira de Quarteira, instalado num vale profundamente escavado no Planalto do Escarpão. Sombreado pela vegetação autóctone, oferece frescura no período da manhã, mesmo no Verão. Os solos são principalmente terra rossa, que exigiram um imenso trabalho de despedrega, geração após geração, para se conseguir solo arável. O Planalto do Escarpão é uma típica região cársica onde a água se infiltra através de sumidouros e dolinas para enriquecer os aquíferos.
Numa zona essencialmente agrícola, é de assinalar a dimensão dos muros de pedra que se pode encontrar junto aos caminhos. A preparação do terreno para agricultura, levou à remoção das pedras existentes no solo, as quais foram utilizadas para fazer os magníficos muros de pedra seca para divisão de propriedade esustentação do solo, que não constituem barreiras ecológicas.No Vale da Ribeira, para além das ruínas dos velhos moinhos de água, observa-se nas zonas de várzea, os atuais aluviões da Ribeira de Quarteira, e que se constituíam como os raros solos naturalmente férteis do Planalto do Escarpão, as típicas noras com levada. São os vestígios de antigos sistemas de regadio que mostram a importância agrícola destes solos desde tempos remotos.
Ponto de Partida:
Ponto de Chegada:
Distância: 7,94 km
Duração: 2h30
Tipo: Percurso Circular
Dificuldade: fácil (nível II)
Altimetria: D+ 216m