Devido à sua dimensão e ao seu impacto, o tsunami de 1755 tem sido estudado tanto em terra como no fundo do mar, no litoral da Península Ibérica e, em particular, na região do Algarve. Estes estudos e a diversidade de metodologias neles utilizadas permitiram determinar as características associadas aos depósitos de tsunami e seu reconhecimento, incluindo as diferentes fases desses eventos extremos e destruidores que consistem na passagem da onda gigante propriamente dita, na inundação continental associada e nas ondas de retorno, que se retiram em direção ao mar carregadas de material sólido continental e marinho. 

Neste local da plataforma continental, uma sondagem sedimentar permitiu verificar não só a existência de um depósito associado ao tsunami de 1755, mas também outro mais recente, associado ao tsunami de 1969.